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  • Elianni Gaio

Como Maximizar o Valor Nutritivo e Melhorar a Digestão dos Feijões

Como Maximizar o Valor Nutritivo e Melhorar a Digestāo dos Feijões

Aqui você aprenderá uma das maneiras adequadas de cozinhar FEIJÕES para diminuir o conteúdo de seus anti-nutrientes, ácido fítico e lecitinas, tornando-os mais digeríveis e nutritivos.

O que é um anti nutriente?

Anti-nutrientes são compostos naturais ou sintéticos que interferem na capacidade de absorção de nutrientes benéficos para nossa saúde durante o processo de digestão e que além disto, podem também causar sintomas gastrointestinais como distensão abdominal, gases e indigestão.

Anti-nutrientes são encontrados em diferentes níveis em uma variedade de alimentos de nosso consumo cotidiano como: em sementes, feijões ou leguminosas, nozes, legumes, raízes, frutas, especiarias e plantas em geral.

Anti-nutrientes variam de nos beneficiar quando consumidos em pequenas quantidades a nos causar danos quando consumidos em grandes quantidades e por isto, é extremamente importante que sejam preparados adequadamente afim de minimizar seus efeitos negativos na saúde.

Ácido fítico? O que é isto?

"Ácido fítico - é a principal forma de armazenamento de fósforo nos tecidos das plantas, especialmente nas partes externas dos cereais e grãos."

Por que temos que nos preocupar com o ácido fítico?

O conteúdo de ácido fítico varia muito entre as plantas em geral e quando consumidos, tem uma forte afinidade de ligação a minerais importantes, como cálcio, ferro, zinco e magnésio, tornando-os indisponíveis em nosso organismo.

Além disso, o ácido fítico remove enzimas que precisamos para a digestão adequada de nossos alimentos, incluindo pepsina (quebra de proteína no estômago), amílase (quebra de amido em açúcar), tripsina (necessária para a digestão de proteínas no intestino delgado).

E o que são as lecitinas?

"As lecitinas são proteínas que se ligam especificamente a certos açúcares e que causam aglutinação de determinados tipos de células em nosso organismo”.

Lecitinas são resistentes à digestão humana e podem interferir negativamente na digestão e absorção dos nossos alimentos. Também podem causar alterações na flora intestinal, danificar as membranas epiteliais, desencadear respostas autoimunes, etc, contribuindo com doenças.

Basicamente, as lecitinas evoluíram como um mecanismo de defesa nas plantas em geral e são usadas como toxinas para defende-las contra predadores, parasitas, pragas e insetos. Protegendo assim suas sementes / grãos para que permaneçam intactas enquanto passam pelo sistema digestivo dos animais, para poderem ser fertilizadas depois.

Desta forma, para uma boa digestão e também para maximizarmos os nutrientes nos feijões, precisamos de técnicas que nos ajudem a eliminar ou neutralizar estes “tóxicos” naturais.

Preparando adequadamente os feijão, como deixar de molho, germinação ou através da fermentação reduzimos drasticamente o conteúdo do ácido fítico. Com o processo de cozimento as proteínas se modificam inativando assim um bom percentual da lecitina. Já com o cozimento lento, podemos diminuir os compostos que formam gases e assim melhorar a digestão e aumentar a absorção dos seus nutrientes.

Deste modo, os feijões se transformam em uma excelente fonte de fibra e proteína vegetal, que poderá ser incluída, se bem tolerado pelo indivíduo, uma ou duas vezes por semana, no contexto de uma dieta anti-inflamatória, muito variada e rica em nutrientes

Aqui está a receita. Aproveite!

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